O mercado imobiliário registou no ano passado crescimento e consolidação, mas, segundo o presidente da associação de mediação imobiliária, não se deve "deixar que a euforia se apodere" do setor e leve à repetição de erros do passado. "A procura da nossa oferta imobiliária tem vindo a crescer e a consolidar-se, mas não devemos deixar que a euforia se apodere do nosso estado de espírito, sob pena de perdermos o controlo necessário ao equilíbrio do nosso mercado", comentou Luís Lima, responsável pela Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), citado num comunicado. O presidente manifestou a crença de que "há espaço para crescer", mas que se deve "dar tempo ao tempo" para consolidar e evitar "erros do passado".
"Movimentação crescente"
Os dados mais recentes do Gabinete de Estudos da APEMIP demonstraram uma "movimentação crescente" no setor financeiro, o que se verifica, sobretudo, nos departamentos comerciais da banca, que estão a "incentivar a retoma da concessão de crédito direcionado para a aquisição de imóveis no segmento residencial".
O relatório esta terça-feira divulgado mostrou que a confiança criada pelo investimento estrangeiro fez "acordar também o mercado interno", com a procura no final de 2014 a fixar-se em 55,2% na compra e em 42,5% no arrendamento.
Partindo dos dados do portal CasaYes, a maior procura no arrendamento (41%) foi por valores menores de 300 euros, enquanto 38% buscaram por valores entre os 300 e os 500 euros. Do lado da oferta, apenas 19,1 % dos imóveis registaram valores iguais ou inferiores a 300 euros e 43,7% entre 300 e 500 euros.
Os locais mais procurados continuaram a ser municípios das áreas metropolitanas de Lisboa e Porto.
Fonte: http://www.cmjornal.xl.pt/